PROCESSO DE APAIXONAMENTO AGUDO.

Pra variar sem sono. O que fazer? Escrever é claro, minha cachaça. Pelo menos não faz mal ao meu fígado. Bom, e no que posso falar? Claro, algo que todos buscam: O AMOR. Então, vi um filme, aliás muito bom que define o tal amor, pra mim é lógico: DIAS DE TORMENTA. Pura loucura, duas pessoas perdidas que se curzam e se apaixonam. Que lindo, só que passam apenas dias de intenso e efervecente amor. Quando resolver viver felizes "para sempre", um deles morre. É amigos, tão perto, mas tão longe. Esse é o tal amor. Por isso tenho penuria de amar. Quando me apaixonar, tenho "quase" a certeza que algo não vai deixar eu seguir essa paixão. Dai me travo. Que coisa em, não ganho, porque tenho medo de perder. Mas uma luz no fim do túnel, de repente alguém aparece com um jeitinho doce e "catapumba", acho que me encontro em processo de apaixonamento agudo. É grave doutor? sei lá, se mata, melhor morrer de amor do que viver nesse marasmo sem graça. Se dói, porque não extrair dessa dor o doce perfume dos deuses. Mas sinto que vou naufragar. Aquele alerta lá no peito ta tocando: tu-tu-tu-tu, sai que é furada! Mas o dilema: sigo e vejo o que vai dar, e pode dar muito errado, como já deu em outras épocas, e aja sofrimento, ou sigo sozinho na busca pelo palpitar louco e desenfreado do coração. Mas ele ta palpitando uai? Ferrou, vou ficar de quatro, lá vem sofrimento. Mas sofrer de amor é dádiva, posso dizer de cadeira, pois a tempos meu coração tá congelado e não dá sinais de vida. Será que ele é de pedra? Preciso descobrir. Então amigos, vou me atirar desse penhasco, nem quero saber. Ah o amor, quero de novo senti-lo. Se não, vou viver como um homem-cogumelo, o próprio vegetal ambulante. Mas me pergunto, por que sempre que nos apaixonamos algo de errado está parelamente ligado? Ou mora longe, ou gosta de outro, ou prefere o trabalho, ou não te enxerga, sei lá. Um verdadeiro descompasso temporal. Eu acho que to fadado a dissintonia amorosa, quando "elas" querem eu num sinto o "chã", quando eu me apaixono, elas não investem. To mais pra Romeu sem Julieta. Ou como diz Paula Toller: "Será preciso ficar só pra se viver"?